
Qual a diferença entre o vinho reserva e o vinho reservado?
Provavelmente você já se perguntou ou conhece alguém que tenha essa dúvida, certo? É muito comum irmos ao mercado, adegas e até mesmo em conveniências e encontramos vinhos com os termos “Reserva” ou “Reservado” estampados em seus rótulos.
Apesar de terem nomes semelhantes, são propostas de vinhos bem diferentes e podem variar de acordo com o país de origem e também entre regiões vitivinícolas de um mesmo país. A diferença entre esses termos pode ser pequena, mas quando se trata de qualidade dos vinhos ela é muito significativa.
O termo “Reservado” é muito encontrado em vinhos que são produzidos na América do Sul, principalmente no Chile, mas não existe nenhuma regra ou legislação sobre o uso deste termo nos rótulos. Geralmente são vinhos fácies de beber e indicados para consumo no dia a dia, pois eles não possuem complexidade de aromas e sabores por serem vinhos jovens e comerciais, portanto, eles não devem ser guardados por muito tempo, mas sim consumidos o quanto antes.
Já o termo “Reserva” está ligado à diversos fatores como: o tipo de colheita, graduação alcoólica mínima, processo de vinificação, tempo de barrica, importância do vinho dentro da linha do produtor e legislação de cada região, porém isso vária entre cada país e suas regras.
“Reserva” na Espanha, por exemplo, pode ser encontrado em vinhos que tiveram um descanso de três anos, sendo um ano em barricas de carvalho, já para os vinhos brancos, o tempo mínimo de passagem em barricas de carvalho são seis meses, podendo ter até dois anos ou mais.
Na Itália, as especificações para usar o termo “Reserva”, mudam bastante de uma denominação de origem para outra, no Piemonte, só ganha o termo “Riserva” se o vinho descansar por 5 anos, sendo 3 deles em barricas de carvalho, já na Toscana, os critérios mudam e os vinhos devem ter pelo menos 27 meses de descanso e um grau alcoólico de pelo menos 12,5%.
Países como França e Portugal não possuem nenhum legislação para o uso do termo “Reserva”, porém os conselhos regionais são cautelosos e criteriosos em regulamentar a classificação. Em Portugal por exemplo, os termos Escolha, Reserva, Reserva Especial, Superior e Grande Reserva são utilizadas pelos produtores para determinar as linhas do vinho, além do tempo de amadurecimento, mas não são regidos por alguma legislação de tempo que devem permanecer em descanso e em barricas.
Bastante confuso, não?! Então para facilitar, considere de uma forma geral a seguinte ordem crescente de complexidade dos vinhos, ou seja, do mais simples ao mais importante, que seria: Reservado, Reserva, Reserva Especial e Gran Reserva, mas independente dos termos, o mais importante é degustar o vinho que mais agrada seu paladar e que proporciona momentos de felicidade e experiência.